Definitivamente, não!
Até que a dentição permanente se estabeleça completamente, uma série de mudanças ósseas e dentais acontecem, sendo todas elas necessárias para que as funções (mastigação, respiração, deglutição e fonação) e a face se desenvolvam em equilíbrio.
Desde a fase de dentadura decídua completa (aquela em que todos os “dentes de leite” se encontram na boca) é imprescindível o acompanhamento da criança sob o ponto de vista Ortopédico e Ortodôntico. Visar apenas a presença de cárie ou gengivite já não condiz com a atual Odontopediatria. É necessário vislumbrar o todo, e neste contexto está o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das arcadas e da face em conjunto com o corpo.
Desta forma, é crucial:
- Monitorar e preservar os espaços presentes no arco dentário, identificando os ausentes e os necessários para acomodar os dentes permanentes que estão por vir;
- Avaliar a forma como eles se encaixam (“dentes de leite” e permanentes) tal como;
- A relação expressa entre as arcadas (maxila e mandíbula) e os ossos da face, impedindo se necessário, a instalação de uma má oclusão (alteração muscular, óssea e/ou dentária) de maior magnitude.
É importante lembrar que alguns tratamentos são mais facilmente realizados durante a infância e evitam que futuramente sejam necessários tratamentos mais complexos e invasivos.
Portanto, tenha em mente que um período de grandes transformações exige vigilância contínua! As consultas do seu filho devem estar sempre em dia, conforme a periodicidade estabelecida pelo seu Odontopediatra, e não somente para ver cárie ou em caso de dor. Ele irá realizar o monitoramento e caso necessário, realizará o tratamento ou o encaminhamento para o Ortodontista em idade correta e momento oportuno.